Desaprendemos, não teve jeito.
De certo modo endurecemos, mudamos.
Era para ser diferente, claro que era!
A receita inicial era outra.
O ideal seria:
Amor, respeito, zelo.
Se assim fosse teríamos:
Bons relacionamentos, tranquilidade,
felicidade.
Mas o que fizemos no geral?
Nos fechamos.
Nos fechamos tanto, que ficou difícil ser
tocado.
Quem diz gentilezas – puxa saco.
Quem nos corrige – invejoso.
Quem nos demonstra cuidado –
interesseiro.
Perdemos a sensibilidade aliada ao bom
olhar.
Nos fechamos num mundo de ideias
nossas, absolutas, e o que o outro pensa? Bom, o que o outro pensa não importa.
Eu sei, eu vou, eu quis, frases feitas para que quando a coroa venha num final
árduo, encerremos com um: “eu conquistei sozinho!”
São pessoas se orgulhando de terem
vencido sozinhas aos montes por aí, mas não há dedos que contem quantas outras
pessoas, que poderiam ser aliadas, foram impedidas de participar da jornada,
por mero capricho, ou inabilidade de dividir, compartilhar, comunicar.
Não nos emocionamos mais.
Antes, nos dávamos ao direito de ver a
beleza do simples, de contemplar o cotidiano.
Uma história de amor para nos
emocionar hoje precisa ter artifícios extremos, de preferência dois
adolescentes apaixonados, câncer, morte, tragédia.
Ok?
Não!
Não podemos deixar que apenas o extremo
nos toque.
É preciso dar valor as coisas simples,
corriqueiras, diárias.
Desarmar-se a ponto de aceitar
elogios, ajuda, conselhos, afeto.
Reprogramar-se a ponto de elogiar,
oferecer ajuda, dar afeto.
Nem tudo é tão absoluto que não possa
ser repensado, revisado, reavaliado.
Ninguém é tão mal que não mereça outra
chance.
Nenhum amor é tão bonito quanto o que
esta acontecendo agora.
Nada é mais importante do que ser
portador de alegria.
Tudo vale mais à pena quando
escolhemos o caminho da amabilidade.
Faça um teste.
Ok?