segunda-feira, 24 de outubro de 2011

Diariamente...


Sofro.
Sofro por ser eu mesmo.
Sofro para ser eu mesmo.

Luto.
Travo todos os dias uma grande batalha entre o que quero ser e o que sou inclinado a ser.

Observo.
Às vezes me abando, só para poder olhar de fora, de um novo espaço.

Vejo.
Vejo os acertos, mas não consigo me apegar a eles.

Sonho.
Sonho acordado com lugares, pessoas e maneiras.

Espero.
Espero o dia de poder respirar a plenos pulmões.

Vivo.
Vivo a ânsia de querer ser mais, de poder fazer mais.

Me desespero.
Porque sem dúvida este é o meu limite.

Sigo.
Sigo numa missão só minha, a de me consumir amando, talvez nunca entenda, mas enquanto isso, ah enquanto isso, tenho a certeza de que a minha existência trouxe um pouco mais de alegria a quem cruzou o meu caminho.

domingo, 23 de outubro de 2011

É pensando que as idéias aparecem...

Ontem me peguei pensando.

Pensei no passado, no que sonhei, no que esperava ter acontecido.
Lembrei-me de como era não temer o amanhecer, da simplicidade das palavras e do efeito doce que os gestos produziam.
Passei um tempo passeando pelos rostos que sinto saudade, rostos que nem sei onde estão.
Vi lugares, vi acontecimentos, revivi sensações.
Vi o que eu era, e sinceramente, o que eu era simplifica o que sou hoje.
Sou o resultado dos meus medos misturado a pessoa que venceu barreiras que um normal não aguentaria.
O fato de ter sido obrigado a enfrentar tantas adversidades, me dá hoje o direito de escolher.
Escolher com quem me relacionar, escolher o que me deixa feliz, e escolher por excluir o que não me merece.
De maneira simples, você a quem tanto me dediquei, a partir de hoje, não te quero mais.
Talvez se eu pensasse menos as coisas fossem mais simples, mas...

segunda-feira, 3 de outubro de 2011

Pensando...

Tem alguma coisa mudando, mas não sei o que é.
Sei apenas que sentir não é mais tão simples quanto antes.
É normal que doa ao se pensar no que poderia ter sido?
É comum sentir-se forçado a um caminho, que algo diz, não ser o seu?
Eu espero os meus dias com o mesmo encantamento de antes, embora eles sejam menores.
Talvez seja o tempo de cruzar limites, os meus limites.
Pode ser esse o momento de desafiar a gravidade que tem trazido tudo para baixo.
É quando se sente perdido como estou que se encontra novas portas num quarto onde antes havia uma porta só.
Isso, quero novidade. Novos caminhos. Novas esperanças.
Vou escolher  uma nova porta, pode ser que eu demore a voltar.
Não me espere acordado.

Eles pensam...

Porque eu deixei de aproveitar algumas oportunidades, disseram que fui burro.
Porque eu teimo em ser eu mesmo em todas as ocasiões, disseram que exagero.
Porque eu insisto em mudar de opinião, me taxaram por fraco.
Eles sempre tem os adjetivos na ponta da língua, sempre desqualificam, sempre taxam.
O que realmente sinto, só eu sei, as minhas razões só eu compreendo, ainda que eu fosse o melhor orador, as minhas palavras seriam nada perto dos meus sentimentos.
Ainda que escrevesse com brilhantismo, expressar os meus sentimentos com fidelidade seria impossível.
Porque sinto, e sinto com intensidade.
 E o que os outros pensam sobre isso? É tão pouco. Quem muito se preocupa com a vida alheia esquece de cuidar dos seus próprios sentimentos, e isso sim é burrice, exagero e tornará o infeliz cada vez mais fraco