Não sei se
escrevo bem ou não, só sei que quando escrevo coloco para fora o que sinto.
Sim, a gente
escreve sobre a gente mesmo, não precisa mentir.
Nossos
sonhos, nossas frustrações, nossos demônios.
Há períodos em
que escrever é genuíno, fácil, natural. Há outros momentos onde, por mais que
se queira, nada vira palavra.
Tem que estar
em crise. Eu escrevo quando estou em crise. Penso que coração machucado grita
mais alto, e assim fica mais fácil de ouvir.
Sobre dor,
sobre amor, sobre futuro. Misturo tudo e coloco num blog.
Não por ter
necessidade de expor, mas porque sei que lá no blog está guardadinho, em ordem,
e acessível, para quando eu quiser retomar.
Tem vezes que
leio desde a primeira publicação, desde o primeiro textos. Alguns sinto
vergonha, confesso, porém lendo, consigo identificar exatamente os momentos da
vida por qual estava passando ao escrevê-los. Faz bem.
Perceber as
mudanças ou as não mudanças da vida gera reflexão.
Como não
reconhecer a si mesmo imerso nas palavras que o seu coração disse?
É curador!
E por
precisar ser curado, por querer me conhecer, e querer cada vez mais dar voz a
um coração que não cansa de se machucar, sigo escrevendo.
Do que
escrevo entendo, e me moldo, dia após dia.