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"Nós aceitamos o
amor que achamos que merecemos.” Charlie aprendeu e ensinou isso no filme “As
vantagens de ser invisível”, e eu aprendi como Charlie.
É mais uma questão
de entender-se do que de culpar a vida, o mundo, o universo, pelas nossas
oportunidades, ou pela falta delas.
Por mais que possa
parecer impossível libertar-se de uma situação de cárcere, por mais que seja
impensável abandonar os velhos relacionamentos, e os velhos amigos, e tudo o
que nos faz mal, é possível sim. E isso tudo é possível à partir do momento em
que não se aceita mais as misérias dos outros, nem da vida.
Eu mereço mais, e
por isso não vou me prender a nada nem a ninguém que possa despertar em mim as
dores que não quero sentir, o pessimismo que não é meu, a insatisfação que não
mereço.
Eu quero é mais, e
quero simplesmente porque mereço mais.
Mereço ser amado e
lembrado.
Mereço que quebrem
a rotina por minha causa. Mereço compromissos desmarcados, porque meu tempo não
é bastante.
Mereço sorrisos,
presentes, cartas, mensagens, post its no computador.
Mereço elogios e
correções.
Mereço muito mais
do que tenho tido.
Sempre ouvi que na
vida, chega-se a um momento onde as migalhas não satisfazem mais. Chegou para
mim.
Nós aceitamos o
amor que achamos que merecemos.
Regra.