domingo, 18 de dezembro de 2011

É o fim... de Ano!


Ninguém é mais amado nessa época do ano do que o Papai Noel, ele com suas barbas brancas nos faz respirar profundo viajar para um lugar saudoso da nossa infância. Esse suspiro só é interrompido pelo: “Então é Natal” da Simone, que toca em todos os lugares. Porque se Papai Noel é amado no fim do ano, a Simone, ah a Simone! “Então é Natal” é o fim!
Todo mundo já deve ter passado por isso, se não passou, vai passar, aquele tio que começa a beber na Ceia de Natal, e no almoço no dia 25, pra lá de Bagdá, pega o garfo bate na taça, pede a palavra, diz que está muito feliz de estar ali,que te ama,  vai até você, no caminho pisa no seu gato, te abraça e chora. A Simone deve rir muito disso tudo.
As coisas nunca mudam, fim de ano e você recebe pelo menos vinte convites para participar de Amigo Secreto, aceita brincar em uns cinco, e se juntar o valor dos cinco presentes que você ganhou, não dá o que você gastou no seu primeiro. Mas reclamar para que se essa é a finalidade do amigo secreto, causar irritação. E se a brincadeira for na empresa então, você que é uma pessoa básica e discreta, acaba sendo o amigo secreto da Ugly Betty do escritório, aquela que usa batom rosa, terninho azul, meias pretas e tem sempre uma pulseira da cor do batom. A linda na hora de revelar seu nome o descreve como um grande amigo, te entrega um presente cafona, diz que é sua cara, e ainda deixa um beijo rosa na sua bochecha, seria isso o fim?
Ah as festas! Como é bom enfrentar as filas dos supermercados, todos querem peru, todos querem tender, todos querem uvas, todos querem a mesma coisa que você! Não adianta pensar: vou sair dessa fila enorme do açougue e vou pra frutaria, lá também tem fila, e a que vai andar mais devagar, é justamente a que você estiver. Aí você encontra no supermercado aquela prima que não vê há anos, ela olha o seu carrinho e diz: Nossa você empenhado na Ceia e eu nem vou preparar nada. Pronto! Você acaba de ganhar mais dois adultos e três adoráveis crianças para a sua Ceia. O fim!
Casa cheia. Presentes sob a árvore. Primos, pais, cunhados, amigos próximos, e aquela vizinha, que você tenta, mas não lembra ter convidado, mas ela está ali e obviamente não tem nenhum presente para ela embaixo da árvore, mas você tem aquela pedra linda, que trás boas energias que comprou para usar depois das festas, porque você vai precisar, e pensa: Por quê não? Corre pro quarto, pega a pedra, o papel de presente, só não encontra a fita adesiva. Até porque ninguém nunca encontra a fita adesiva nem quando há tempo, e você ali, jurando que vai encontrá-la cinco minutos antes da abertura dos presentes. Ao que se lembra que pode usar uma fita isolante dobradinha, é preta mas nem vai aparecer. O embrulho ficou o fim.
Reveillon, vamos a beira mar! Claro! Afinal quem não gosta de multidão e champagne quente. Mas você está lá, firme, pronto pro ritual de toda a virada, pular as sete ondinhas. Todo ano. E todo ano você não se lembra que sete ondinhas se pula descalço, e vai. Na segunda onda o chinelo já era. Mais um para a coleção de Iemanjá. Perder chinelo é o fim.
Não importa, por mais que as coisas sejam muito bem planejadas, gafes e festas de fim de ano são amigas bem próximas, e elas inevitavelmente vão acontecer. É isso, fim de ano é o fim, mas é também ai que podemos olhar para trás e perceber que vencemos mais uma etapa, e que coisas engraçadas acontecem, por isso é tudo tão saboroso.
Aproveite seu fim de ano e todas as ironias que ele lhe trouxer, sem dúvida serão ótimas histórias a serem contadas aos seus filhos.
Um feliz Fim de Ano!

terça-feira, 6 de dezembro de 2011

O apego não quer ir embora


Eu não tava pronto pra isso.
Eu não sei como lidar...
Eu não aprendi a dormir sozinho
Eu não aprendi a ter a geladeira só pra mim
Falta sua escova de dentes no banheiro
O coração bate apertado tarde da noite, mas agora não passa, porque você não vai voltar
Me mostra como fazer
Me mostra um jeito de ficar sem você
Eu não sei como tirar você do esquema: primeira pessoa que penso quando acordo
Nem ao menos do: última pessoa que lembro antes de dormir
Já que foi embora, saia também dos meus sonhos
Não era pra ter sido assim
Impossível que você não se lembre do amor, e da devoção
Impossível que ainda não veja meu sorriso quando você conta suas piadas sem graça
Nem que não sinta saudade de acordar durante a noite e ver que estou na poltrona, sem sono, olhando pra você e entendendo o porque de depois de teres surgido eu ter me tornado uma pessoa melhor.
Impossível não se lembrar
Impossível eu me esquecer
Impossível nós dois...

domingo, 4 de dezembro de 2011

Prefiro assim...


Eu sempre preferi ser à ter.
Sempre achei melhor ser reconhecido pelo que se pode apresentar de conteúdo, de não palpável.
Eu até entendo que as pessoas não estão realmente prontas para o choque do ser.
É tão mais comum amar o que é agradável e poderoso. Fomos educados nesse sentido, de que a quantidade de títulos, ou influência material dita o quanto somos interessantes.
É tão mais fácil ser amado assim.
Mas como disse, sou homem que nada contra a corrente, sou de pensamentos livres que quase sempre vão noutro sentido.
Eu prefiro os que são.
Reconhecer gente assim tornou-se tarefa difícil, mas eu prefiro o que me faz rir, o que me impressiona por quanta experiência já teve, o que me faz perceber as coisas simples.
Eu prefiro quem é. O que quem é tem não é assim tão determinante.
Não sou pouco ambicioso, sou real.
Não sou de pensamentos simples, sou prático.
Não que eu não tenha muita coisa, pelo contrário, apenas penso que o que sou é muito mais interessante, é disso que as pessoas se lembrarão quando eu não estiver mais aqui. Nesse dia as minhas coisas já não serão mais minhas, o que restará de mim estará ligado a quantas vezes fiz seus corações bater mais forte. 

segunda-feira, 28 de novembro de 2011

Por um mundo mais leve!


Li num perfil numa rede social, a pessoa dizendo que prefere ser grosseira à ser simpática. E ri.
A mesma pessoa dizia que simpatia era uma maneira falsa de agir com os outros, e a grosseria é ser sincero, ser natural. Ri novamente.
Quando digo que ri, não me refiro que achei engraçado, não! Foi aquele riso tenso, sabe? Daqueles que não evitamos numa situação de desconforto.
Como pode, num mundo onde os jovens afirmam crescer mais rápido, onde cada vez mais se tem acesso a informação, as pessoas confundirem grosseria com autenticidade?
O fato de ser cordial, tolerante, simpático com o próximo não faz de você um falso. Faz de você uma pessoa inteligente e bem educada.
Autenticidade, penso eu, é criar e viver dentro do que se é inclinado, é conhecer sua personalidade a ponto de viver com atitudes coerentes ao o que se sente. Ser rude, grosseiro, intolerante, mal humorado, caracteriza um tolo, e não alguém digno de admiração.
O tal dono do perfil citava Dr. House, personagem áspero de uma série americana super famosa. Ele realmente é fantástico, mas para os que são dotados de uma interpretação um pouco mais profunda, Gregory House é um frustrado, viciado, e infeliz. Não estou botando em cheque a qualidade do programa, por favor. Estou questionando de uma maneira mais profunda o fato de pessoas usarem um fato isolado ou uma frase solta para justificar a grosseria.
O mundo nos cobra cada vez mais, as pressões nos cansam, eu acredito que devamos nos apegar a relações mais leves, mais saudáveis, mais felizes.
Aos chatos de plantão, afundem-se na sua “autenticidade”. 

segunda-feira, 21 de novembro de 2011

Eu estava errado!


Eu sempre pensei que calçava 42. Juro! Há anos que eu compro apenas calçados 42 porque esse era até então o “meu número”. Surpreendentemente na semana passada gostei de um modelo na vitrine de uma loja, deste modelo não havia disponível o tamanho 42, mas eu havia  gostado tanto do que resolvi levar um maior, comprei o 43. Resultado?
Meus pés não doeram mais. É bem mais simples calçá-lo, os meus dedos não estão avermelhados no fim do dia, definitivamente eu uso 43!
O que aprendi?
42 não era o meu número. Como eu passei anos usando uma numeração que não era a minha? Eu enfrentei dias de aperto, literalmente, mas como julgava ser esse o meu tamanho, levava adiante.
Tal qual na vida. Estamos, muitas vezes, tão acostumados com o que julgamos ser nosso, que as dores, os apertos, os incômodos, já nem são mais tão percebidos. Doem, e nós simplesmente deixamos doer.
Descobrir o seu verdadeiro número é uma experiência libertadora. Permite com que se sinta melhor, mais leve, mais feliz.
Tenho vivido as delicias de trocar de manequim, trocar de numeração em muitas áreas da minha vida.
E você, tem certeza que esse é o seu número?

quarta-feira, 2 de novembro de 2011

Evoluir!


Mudar não é tão simples quanto parece.
Não é um livro inspirador que acabamos de ler, ou uma história de transformação que acabamos de ouvir.
Mudar requer paciência, requer resignificar.
Não se muda de fora para dentro, o processo é inverso.
Na realidade eu nem acredito muito em mudança. Somos o que somos e ponto.
Acredito mais em evolução, em melhoria.
Nunca quis mudar o mundo, quis que ele evoluísse, e se para isso é preciso mudar algo, que seja feito, mas nesse sentido a mudança passa a ser antagonista, ou então passa a receber a importância que lhe é devida, a de parte do processo, e não de processo total.
Que todos os dias, eu queria apenas, evoluir.

segunda-feira, 24 de outubro de 2011

Diariamente...


Sofro.
Sofro por ser eu mesmo.
Sofro para ser eu mesmo.

Luto.
Travo todos os dias uma grande batalha entre o que quero ser e o que sou inclinado a ser.

Observo.
Às vezes me abando, só para poder olhar de fora, de um novo espaço.

Vejo.
Vejo os acertos, mas não consigo me apegar a eles.

Sonho.
Sonho acordado com lugares, pessoas e maneiras.

Espero.
Espero o dia de poder respirar a plenos pulmões.

Vivo.
Vivo a ânsia de querer ser mais, de poder fazer mais.

Me desespero.
Porque sem dúvida este é o meu limite.

Sigo.
Sigo numa missão só minha, a de me consumir amando, talvez nunca entenda, mas enquanto isso, ah enquanto isso, tenho a certeza de que a minha existência trouxe um pouco mais de alegria a quem cruzou o meu caminho.

domingo, 23 de outubro de 2011

É pensando que as idéias aparecem...

Ontem me peguei pensando.

Pensei no passado, no que sonhei, no que esperava ter acontecido.
Lembrei-me de como era não temer o amanhecer, da simplicidade das palavras e do efeito doce que os gestos produziam.
Passei um tempo passeando pelos rostos que sinto saudade, rostos que nem sei onde estão.
Vi lugares, vi acontecimentos, revivi sensações.
Vi o que eu era, e sinceramente, o que eu era simplifica o que sou hoje.
Sou o resultado dos meus medos misturado a pessoa que venceu barreiras que um normal não aguentaria.
O fato de ter sido obrigado a enfrentar tantas adversidades, me dá hoje o direito de escolher.
Escolher com quem me relacionar, escolher o que me deixa feliz, e escolher por excluir o que não me merece.
De maneira simples, você a quem tanto me dediquei, a partir de hoje, não te quero mais.
Talvez se eu pensasse menos as coisas fossem mais simples, mas...

segunda-feira, 3 de outubro de 2011

Pensando...

Tem alguma coisa mudando, mas não sei o que é.
Sei apenas que sentir não é mais tão simples quanto antes.
É normal que doa ao se pensar no que poderia ter sido?
É comum sentir-se forçado a um caminho, que algo diz, não ser o seu?
Eu espero os meus dias com o mesmo encantamento de antes, embora eles sejam menores.
Talvez seja o tempo de cruzar limites, os meus limites.
Pode ser esse o momento de desafiar a gravidade que tem trazido tudo para baixo.
É quando se sente perdido como estou que se encontra novas portas num quarto onde antes havia uma porta só.
Isso, quero novidade. Novos caminhos. Novas esperanças.
Vou escolher  uma nova porta, pode ser que eu demore a voltar.
Não me espere acordado.

Eles pensam...

Porque eu deixei de aproveitar algumas oportunidades, disseram que fui burro.
Porque eu teimo em ser eu mesmo em todas as ocasiões, disseram que exagero.
Porque eu insisto em mudar de opinião, me taxaram por fraco.
Eles sempre tem os adjetivos na ponta da língua, sempre desqualificam, sempre taxam.
O que realmente sinto, só eu sei, as minhas razões só eu compreendo, ainda que eu fosse o melhor orador, as minhas palavras seriam nada perto dos meus sentimentos.
Ainda que escrevesse com brilhantismo, expressar os meus sentimentos com fidelidade seria impossível.
Porque sinto, e sinto com intensidade.
 E o que os outros pensam sobre isso? É tão pouco. Quem muito se preocupa com a vida alheia esquece de cuidar dos seus próprios sentimentos, e isso sim é burrice, exagero e tornará o infeliz cada vez mais fraco

quarta-feira, 28 de setembro de 2011

Ponto de Vista


"O que transforma qualquer ato em algo extraordinário é o fato de fazermos aquilo com o coração e o que transforma qualquer vida numa existência extraordinária é o fato de ser vivida com amor." Mark Sanborn

É tudo uma questão de ponto de vista.
Amores bons, sonhos a serem alcançados, alegria, riso tímido e gargalhada. Ponto de vista.
Ganhar ou perder, pé na lama ou banho de chuva?
Gostar ou não gostar, ler ou ficar entediado. Tudo escolha, simples escolha.
Tudo parte do principio de como se decide enxergar a vida e as surpresas que ela nos apresenta incansavelmente.
É apostar que o melhor que há foi feito para você. Ver as dificuldades apenas como dificuldades, e só.
Experimentar a vida com a mesma intensidade com que as coisas acontecem no mundo.
Tem gente que gostaria tanto de ter o que temos, de fazer o que fazemos.
E você, o que tem?
O melhor, o mais importante é ter a vontade de fazer acontecer. Ter desejo ardente de concretizar. Ter loucura por ser feliz e ter a capacidade de encontrar força quando tudo leva a crer que não há mais forças.
O que nos faz ser gente é o dom de sentir. Outras espécies experimentam, mas não sentem. Nós não, nós temos o privilegio de olhar, de tocar, de sentir, de gostar ou não. Por isso sinta, toque, olhe, olhe de novo. Experimente olhar por uma perspectiva diferente, na maioria das vezes temos a tendência de ver o lado ruim, ou triste, ou dolorido das coisas. Olhe de novo, e olhe com um novo olhar. Transforme-se num otimista natural.
Nós sempre esperamos os grandes dias da nossa vida. Nesses dias acreditamos que haverá acontecimentos capazes de estremecer nossas estruturas, mas nós nunca sabemos qual é o maior dia da nossa vida até que ele realmente esteja acontecendo.
Os maiores e mais importantes dias, são aqueles que começam normais, e logo se transformam num belo presente.
Cometemos o erro de guardar nossa melhor roupa, nosso mais terno abraço, nosso mais belo sorriso para o dia que pensamos ser o da ocasião especial. O maior dia da sua vida pode estar acontecendo nesse momento.
Há quanto tempo o perfume está guardado esperando a melhor hora para ser usado? Há quanto tempo você tenta encontrar um grande amor que já nem permite mais ser encontrada? Há quanto tempo as coisas parecem tão iguais?
Projetar a felicidade no futuro é um equivoco, bem como esperar grandes acontecimentos para sair de casa, só assistir o filme que tenha atores conhecidos, só dançar nas festas chiques, é errado. Os melhores momentos são os inesperados, as melhores festas são as de última hora e cheias de energia, novos rostos também podem causar encantamento. A beleza da viagem está mais no trajeto do que no próprio destino.
Não espere demais.
Viva o hoje. Com a sua melhor roupa, o seu melhor perfume e o seu melhor sorriso.
Tem tanta gente que espera um gesto seu.
A sua felicidade é capaz de atingir tanta gente, e melhorar tantas situações.
Corra na chuva, deixe recados de batom no espelho, se esconda no quarto e dê um susto em quem você ama, escreva uma carta, assista seu filme preferido sempre que sentir vontade, aumente o volume do som do carro e cante, cante para que quem ouça sinta o impacto de estar perto de alguém que decidiu em ser feliz, de quem decidiu olhar por um novo ângulo.
Experimente, tudo pode ser bem melhor do que já é.
É tudo uma questão de ponto de vista.
Esse é o meu!

segunda-feira, 26 de setembro de 2011

Como Clarice...


Liberdade é pouco, o que eu desejo ainda não tem nome! (Clarice Lispector)

Para. Respira. Me diz.
Me diz há quanto tempo você está adiando aquele sonho?
Faz quanto tempo que não anda de bicicleta ou que nem abre mais aquela gaveta?
Sobre o sonho, você lembra qual era, não é mesmo?
Não?
Acontece!
Não se desespere!
Acontece que temos tantos compromissos, tantas tarefas, tantas reuniões, uma rotina puxada, um telefone na mesa, um no quarto, outro no bolso.
É o compromisso com a beleza, o compromisso com a carreira, o compromisso com o namorado, com o marido, com os filhos, com a graduação ou com a pós graduação.
A televisão sempre ligada, as noticias na internet, o rádio no carro sempre com alguma musica, e barulho e barulho e barulho.
Há quanto tempo você não ouve apenas o barulho do silencio?
Há quanto tempo não coloca os pés descalços no chão?
O que você sonhava ser quando era criança? Do que mais sente falta no seu quarto de adolescente?
Qual era sua música predileta, aquela que fazia seu coração bater mais forte?
Qual era o nome da sua melhor amiga?
Você teve um animal de estimação?
Lembra daquela roupa com a qual você arrasava?
E de macarronada todo domingo, lembra?
Sente saudade de alguém que já foi embora pra sempre?
Nossa, tanta coisa já aconteceu!
Tantas coisas que trazem saudade.
Tantas experiências que fizeram você ser o que você é hoje.
O que acontece,  é  que se não fizermos isso aqui, parar e nos recordar das coisas da nossa vida, do nosso passado, acabaremos nos esquecendo de quem já fomos.
Por sermos tendenciosos, as únicas experiências de vida que costumamos nos lembrar são as tristes, as traumáticas, as doloridas. Temos esse defeito, de nos apegar exageradamente no que nos causou dor, mas o processo deve ser inverso.
Recorde-se da sua infância, da sua adolescência, lembre-se do que te fazia sorrir, e busque esse algo novamente, e ria, simplesmente ria.
Reúna os amigos de dez anos atrás, convide-os para jantar, relembre histórias, e ria.
Conte para os amigos novos, para os colegas de trabalho qual era o seu apelido, qual era o nome do seu cachorro, e qual era o prato que melhor sua mãe cozinhava, e deleite-se.
Fique descalça.
Descubra o telefone da sua professora predileta no ginásio, ligue para ela, conte onde você está hoje, riam juntas.
Faça uma prece por quem já partiu e deixou saudade, coloque a mão no seu peito, aperte perto do coração, jogue pro céu, e ria, ria de saudade boa.
As casadas que olhem para os maridos e relembrem das primeiras paqueras, do frio na barriga, conte para os filhos como foi, eles vão rir, você também, e no final você verá que vocês não estão juntos por acaso.
Escreva uma carta para você mesma. Se elogie, se corrija, se redescubra.
Deseje ser melhor, deseje fazer melhor.
Volto a dizer que são tantas coisas e tantos acontecimentos que teimam em fazer com que esqueçamos qual é a nossa essência.
Mas isso não vai acontecer com você, porque você é mulher, porque você é perfeita até mesmo dentro das suas imperfeições.
Deseje mais ainda ser feliz. Lute para que isso seja real na sua vida a na de quem você ama.
Seja livre. Queira a liberdade. Queira o que só você sabe o que é. Queira o que ainda não tem nome.
Vista-se.
Impressione.
O mundo é todo seu.

Tiago Marques


Contagem Regressiva

Dentro de nós há um relógio. O tempo está sendo contado, o relógio está disparado. Não se pode esperar demais.
Eu passei a minha vida inteira esperando. Sempre potencializei a minha felicidade no próximo evento, e no próximo e no outro que ainda viria. Resultado, por esperar o que viria não me atentava ao que estava acontecendo, com isso perdia as chances de me sentir feliz, de me sentir completo.
Nunca me dei conta de que o tempo estava passando e eu me sentia um antagonista numa história minha. Num enredo que eu escrevia. Era como sentar no banco do carona, no meu próprio carro.
O tempo passa muito rápido. Isso assusta.
As teorias sobre a felicidade são muitas. A gente só precisa ver qual se parece mais com a gente e colocá-la em prática.
Dentro de nós há um relógio. A contagem é regressiva.
A chave para todas as portas estão com a gente mesmo, precisamos apenas nos concentrar nisso.
A felicidade está acontecendo agora. Pode acreditar.

Meu Blog!!!

Sempre quis ter um blog. Sério, sempre gostei de escrever. Não sou pretensioso para dizer que escrevo bem, ou que sigo esta ou aquela forma, escola, regra. Sou apenas um cara que se não escrevesse, surtaria. E surto escrevendo, e rio escrevendo, me emociono escrevendo, porque escrever para mim é isso, é manifestar. Manifesto com minhas palavras o que talvez nunca diria, desde os meus velhos cadernos até hoje, sou eu, refém das palavras, das letras, de suas formas e seus sons.
Reúno aqui coisas que estão escritas há algum tempo, coisas que escrevi por escrever, coisas que desejei escrever. Crônicas, pensamentos, opiniões. O que quero, e o que preciso dizer. Afinal...
Eu disse. De alguma forma, eu sempre digo.