sexta-feira, 21 de junho de 2013

Para nunca mais voltar...

“Quem somos nós?
No que nos tornamos?
O que nos mantém?
Me pergunto em que momento do caminho tomamos direções tão opostas.
Concretizo o verbo do meu amor em relação à você.
Sempre foi assim.
Te olho, te vejo, te percebo.
Digo: tudo vai dar certo.
Guardo os teus segredos, vivo tuas histórias.
Faço guerras por você, por amor.
E espero.
Espero por um interesse na minha vida, nas minhas coisas, nas minhas melhoras.
Espero por um gesto humano, amoroso. Só espero.
Nossas conversas são sempre sobre você.
Se falo sobre mim, seus olhos não me olham, e outro assunto nos interrompe, e novamente eu não sou mais importante.
Não se trata de carência. Nem de necessidade excessiva de atenção.
Trata-se genuinamente de amor.
Afinal de contas eu jurei amor.
Pare e analise: das pessoas que estão ao seu lado, quantas estão porque simplesmente amam você?
O que aconteceu conosco?
E se tudo não passasse apenas de ilusão?
E se até agora só eu amei?
Não sei como quero me sentir daqui pra frente.
Sei apenas como não quero me sentir.
Estou mudando a minha vida para um cômodo novo.
Não poderei levar todas as coisas.”
Deixou isso num papel amarelo sobre a mesa.
E se foi. Provavelmente para nunca mais voltar.



terça-feira, 11 de junho de 2013

Eu faço

O tempo cura tudo.
Já acreditei nisso, sabia?
Pensava que era só esperar, que milagrosamente tudo se resolveria.
Passou o tempo e o que descobri , na verdade,  foi o seguinte: não é tão simples assim!
Pensar que o tempo é o responsável por ajeitar, curar, mudar tudo, é conformismo demais.
Não é o tempo que ajeita, é o trabalho.
Não é o tempo que cura a ferida, é o como a medicamos, como cuidamos dela.
Não é o tempo que muda o que somos, somos nós, o que decidimos, o que planejamos, o que executamos.
Hoje eu sei que para que o tempo surta o seu efeito, eu preciso parar, entender, decidir, tomar uma atitude transformadora.
Se eu for esperar o tempo para mudar as minhas frustrações, eu viverei frustrado para sempre.
Se eu esperar e esperar para que as coisas aconteçam, daqui a pouco, passou, perdeu-se, pode ser que eu não consiga mais.
Eu preciso de tempo apenas para entender.
E quanto mais eu entendo, mais eu posso.
Porque conhecer-se, saber dos seus limites, das suas possibilidades, das suas construções e desconstruções pode ser determinante na hora de se conseguir o que mais nos interessa, o que nos motiva, o que nos faz ser quem somos, conquistar a tal felicidade.
Se há tempo, faça você mesmo.